Artistas baianos são contemplados com videoclipes em 360° que transformam música em imersão
- 11/04/2025
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Oroboro Circuito Imersivo lança nesta sexta-feira (11) os vídeos imersivos que utilizam realidade virtual para aproximar o público da obra dos artistas
As escolas contempladas para assistir aos videoclipes com exclusividade são o Colégio Estadual Francisco da Conceição Menezes, no Cabula, e o Colégio Polivalente de Amaralina. Além de conferir os produtos audiovisuais, os jovens também participam de um bate-papo sobre arte e tecnologia com o diretor e roteirista Moisés Victório e a diretora artística e roteirista Marina Martinelli.
Gravados em 360º, os vídeos fazem uma introspecção e focam nos mínimos detalhes para aproximar o público dos artistas Alexandra Pessoa, Omin e Osvaldo Bola, autores das respectivas canções “Morada”, “Bandeja de Prata” e “Buracão”. O objetivo do projeto é levar a música baiana para novos cenários tecnológicos, promovendo uma experiência audiovisual alinhada às grandes tendências do mercado cultural, mas que ainda são inacessíveis para muitos artistas independentes.
Morada - Para Alexandra Pessoa, a iniciativa permite que as pessoas entrem no universo do artista de forma inédita. O videoclipe de “Morada” foi gravado próximo a cachoeira de Nanã, um local simbólico para a cantora, que remete às memórias de sua infância e ao desmatamento do Parque São Bartolomeu. “A canção fala sobre Reconexão, e foi o que essa experiência do Oroboro me trouxe: estar dentro de uma floresta sagrada e, de alguma forma, tocar cada um que entra nesse universo 3D”, relata.
Bandeja de Prata - A experiência de gravar sua composição “Bandeja de Prata”, que fala sobre empoderamento e ancestralidade, em formato imersivo foi, para Omin, muito especial e diferente de tudo que já havia feito. “Gravar em Realidade Virtual é compreender a importância de cada detalhe e se aproximar ainda mais do espectador, que tem a sensação de fazer parte da história narrada. É também fundamental dar visibilidade a trabalhos artísticos autorais baianos e circular os produtos gerados em escolas públicas, onde há diversas carências”, explica o cantor.
Buracão - Para o autor de “Buracão”, Osvaldo Bola, iniciativas como a do Oroboro são imprescindíveis para o cenário artístico cultural. “É um projeto que atravessa toda uma cadeia produtiva, multi-linguagem, com preocupação social e que amplifica trabalhos que teriam dificuldade de gerar um material desse por conta própria. Para além dos produtos finais de audiovisual, tem toda uma conexão, conhecimento e redes que se formam e dão manutenção ao fazer artístico na Bahia”, afirma Osvaldo.
“A experiência em 360 convida e provoca de uma forma diferente, acreditamos que pode proporcionar formas interessantes de conexão e fruição. A tecnologia avança na medida em que nos aproximamos uns dos outros e engajamos nossos sonhos com os sonhos de outras pessoas. Eu espero ver nas escolas jovens inspirados pelas possibilidades, pensando em como extravasar suas próprias ideias e sonhos, a partir das experiências de Buracão, Morada e Bandeja de Prata”, comenta a diretora artística e roteirista Marina Martinelli.