Especialista explica como prevenir a evolução do pré-diabetes e os principais riscos associados

São Paulo, março de 2025 – No Brasil, cerca de 20 milhões de pessoas vivem com diabetes tipo 2¹, e, desse total, quase 5 milhões ainda não foram diagnosticadas. Além disso, estima-se que 40 milhões de brasileiros apresentem pré-diabetes², um estágio da doença que, embora já envolva algum grau de comprometimento, ainda pode ser revertido com as medidas corretas.

De acordo com a Dra. Maria Augusta Bernardini, diretora médica da Merck para o Brasil e América Latina, "Embora o pré-diabetes já cause danos importantes, como a perda de cerca de 30% da função do pâncreas³, a boa notícia é que esse quadro pode ser revertido com diagnóstico precoce e tratamento adequado, que inclui mudanças no estilo de vida.” A médica destaca a importância de consultar um médico e manter os exames de rotina, como glicemia de jejum e hemoglobina glicada, sempre em dia para evitar complicações.

Quem deve se atentar ao pré-diabetes?

O pré-diabetes e o diabetes tipo 2 compartilham fatores de risco bem definidos. A Dra. Bernardini lista os principais:

• Sobrepeso e obesidade: dois fatores de risco predominantes;
• Histórico familiar: pessoas com parentes de primeiro grau com diabetes têm maior chance de desenvolver a condição;
• Sedentarismo: a falta de atividade física regular aumenta significativamente o risco;
• Hipertensão e doenças cardíacas: condições que podem agravar as chances de desenvolvimento da doença;
• Mulheres com histórico de diabetes gestacional ou síndrome dos ovários policísticos: são mais vulneráveis ao pré-diabetes e diabetes tipo 2.

Como reverter o pré-diabetes?

Reverter o pré-diabetes exige disciplina e mudanças no estilo de vida, com cerca de 80% dos casos sendo tratados com medicamentos². "Com uma alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, controle do peso e acompanhamento médico, é possível evitar que o pré-diabetes evolua para o diabetes tipo 2", afirma a especialista.

A prevenção e a conscientização são fundamentais para que os pacientes assumam o controle de sua saúde. O Brasil é o sexto país com mais casos de diabetes no mundo4. "O pré-diabetes e o diabetes tipo 2 muitas vezes não apresentam sintomas, o que reforça a necessidade de exames regulares. No Brasil, cerca de 70% dos pacientes descobrem a doença apenas quando já enfrentam complicações, o que poderia ser evitado com diagnósticos precoces", alerta a Dra. Bernardini.

O que você pode fazer?

Para ajudar a mudar esse cenário, a Dra. Maria Augusta recomenda o site www.quemprocurasecuida.com.br, onde é possível realizar um teste de risco gratuito. As informações fornecidas são educativas, mas a consulta médica é fundamental para um diagnóstico preciso e tratamento adequado, sempre levando em consideração as necessidades individuais de cada paciente. É importante seguir as orientações médicas e nunca alterar ou interromper o tratamento sem consultar um profissional de saúde.

Lembre-se: cuidar da sua saúde é o primeiro passo para garantir uma vida longa e saudável.

Referências:

1. Iser BPM, Pinheiro PC, Malta DC, Duncan BB, Schmidt MI. "Prevalência de pré-diabetes e hiperglicemia intermediária em adultos e fatores associados", Pesquisa Nacional de Saúde. Cien Saude Colet. 2021;26(2):531-540
2. Holman RR. Diabetes Res Clin Pract 1998; 40 (Suppl.):S21–S24. SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES. "Diabetes: números no Brasil". Disponível em: Link. Acesso em: jan. 2025.
3. NATIONAL INSTITUTES OF HEALTH. "Insulin, Medicines, & Other Diabetes Treatments". Disponível em: https://www.niddk.nih.gov/health-information/diabetes/overview/insulin-medicines-treatments#medicines. Acesso em: janeiro/2025.