Além do resgate de aves, a operação resultou na apreensão de 20 armas de fogo e 14 utensílios de caça, como tatuzeiras, trabucos, armadilhas para raposas, alçapões e arapucas. A fiscalização também flagrou a queima de madeira nativa, o que levou à apreensão de uma motosserra e um caminhão carregado de lenha, além da destruição de dois fornos e 41 sacos de carvão.

De acordo com Eduardo Topázio, diretor de fiscalização ambiental do Inema, a operação teve sucesso graças ao trabalho integrado dos agentes do instituto e ao apoio da comunidade local. “O trabalho de investigação no campo, realizado pelos servidores do Inema, juntamente com a colaboração da população, foi fundamental para o sucesso da operação. As denúncias e o respeito à vida silvestre têm sido essenciais para conter a caça ilegal e outras práticas criminosas contra o meio ambiente”, disse Topázio.

Os municípios de Campo Formosa, Senhor do Bonfim, Jaguarari, Uauá, Monte Santo, Euclides da Cunha, Canudos, Jeremoabo, Pedro Alexandre e Coronel João Sá, que estão localizados dentro das Unidades de Conservação responsáveis pela proteção da arara-azul de Lear, foram fiscalizados. Entre as aves resgatadas, estão espécies como azulão, cardeal-do-nordeste, coleirinho, papa-capim e tico-tico.

Ricardo Chaves, técnico de fiscalização do Inema, afirmou que, embora os resgates e apreensões tenham sido positivos, a descoberta de animais mortos e congelados, como tatus, tamanduá-mirim e veado, foi um triste e inesperado achado durante a operação. "É um alento saber que conseguimos combater a caça ilegal, mas, ao mesmo tempo, ficamos chocados ao encontrar espécies que já haviam sido abatidas", ressaltou Chaves.

Fonte: Ascom/Inema