​Ferida na Pele Pode Evoluir para Infecção Óssea? Entenda a Osteomielite e a Importância da Fisioterapia no Tratamento

  • 19/03/2025
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​Ferida na Pele Pode Evoluir para Infecção Óssea? Entenda a Osteomielite e a Importância da Fisioterapia no Tratamento

Uma simples ferida na pele pode, em casos graves, evoluir para uma infecção nos ossos, conhecida como osteomielite. Essa condição, que pode comprometer a mobilidade e a qualidade de vida, exige diagnóstico rápido e tratamento adequado. Kelly Boscato, professora de Fisioterapia do Centro Universitário de Brasília (CEUB), destaca a importância de uma abordagem multidisciplinar para a recuperação completa, incluindo a fisioterapia como parte fundamental do processo de reabilitação.

A osteomielite é uma infecção óssea geralmente causada por microrganismos como bactérias, fungos ou micobactérias, com o Staphylococcus aureus sendo o principal agente responsável. A infecção pode ocorrer quando esses microrganismos entram no corpo através de lesões na pele, mucosas ou até por ingestão de alimentos contaminados. A especialista alerta que, se não tratada corretamente, a osteomielite pode gerar complicações graves, afetando a mobilidade do paciente.

Para prevenir a osteomielite, é essencial cuidar da higiene de feridas, controlar doenças crônicas, como o diabetes, além de manter a vacinação em dia e tratar precocemente infecções que possam resultar em lesões. Apesar desses cuidados, Kelly Boscato ressalta que a doença pode voltar, principalmente em casos crônicos ou quando o tratamento inicial não é eficaz.

Fisioterapia no Tratamento da Osteomielite

O tratamento da osteomielite envolve o uso prolongado de antibióticos, administrados por via intravenosa ou oral, dependendo da gravidade da infecção. Em alguns casos, a oxigenoterapia hiperbárica pode ser utilizada para auxiliar na cicatrização e combate à infecção. A fisioterapia é um componente crucial na reabilitação, ajudando na preservação da mobilidade e prevenção de complicações.

“A fisioterapia desempenha um papel importante na recuperação da função do membro afetado, garantindo que o paciente não sofra sequelas que comprometam sua qualidade de vida”, explica Kelly Boscato.

O momento ideal para iniciar a fisioterapia depende da gravidade da infecção e do tratamento médico adotado. Nos casos não cirúrgicos, a intervenção precoce é essencial para manter a mobilidade e a funcionalidade do paciente. Para aqueles que passam por cirurgia, o fisioterapeuta trabalha conforme o estágio de recuperação, com foco na redução da dor, prevenção de contraturas e reabilitação da função. "Cada paciente tem uma resposta única ao tratamento, por isso é importante que ele seja personalizado", destaca a especialista.

Nos casos de osteomielite crônica ou recorrente, a fisioterapia pode ser ajustada para melhorar a funcionalidade, reduzir a dor persistente e evitar deformidades. Através de técnicas e equipamentos específicos, o fisioterapeuta trabalha no controle da inflamação, no fortalecimento muscular e na promoção da mobilidade articular. "A fisioterapia é fundamental para evitar limitações e garantir que o paciente mantenha sua independência funcional", conclui Kelly Boscato.

Com o tratamento adequado e acompanhamento fisioterapêutico, é possível minimizar as complicações da osteomielite e garantir uma recuperação eficaz para o paciente.


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