Museu da Misericórdia reabre após restauração e oferece novas exposições e experiências culturais

  • 17/12/2024
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Museu da Misericórdia reabre após restauração e oferece novas exposições e experiências culturais

Após quatro anos fechado para um projeto de restauração e revitalização, o Museu da Misericórdia, localizado no Centro Histórico de Salvador, reabre suas portas nesta terça-feira (17). O museu, pertencente à Santa Casa de Misericórdia e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ocupa o espaço onde funcionou o primeiro hospital da Bahia.

A reforma do edifício, um palacete do século XVII, foi viabilizada por meio de recursos da Prefeitura de Salvador e do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD), do Ministério da Justiça. Com um investimento de R$ 11,3 milhões, as obras foram coordenadas pela Superintendência de Obras Públicas (Sucop).

Na noite de segunda-feira (16), autoridades e artistas participaram do lançamento da exposição de Floriano Teixeira no museu. Durante o evento, o prefeito Bruno Reis destacou a relevância da revitalização do Centro Histórico e ressaltou a importância de ter o museu aberto para o público, especialmente os turistas que aproveitam o Natal Luz Salvador 2024. “Este equipamento cultural é fundamental para Salvador. Ele oferece mais uma opção de lazer, tanto para os moradores quanto para os visitantes. A Rua Chile vive um momento especial e convido todos a aproveitarem, principalmente com a beleza do Natal que preparamos”, disse o prefeito.

O museu funcionará de terça a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados, das 9h às 16h30. Os ingressos para visitação, ao preço de R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada), podem ser adquiridos no local. O museu estará fechado aos domingos e feriados. Além da exposição de Floriano Teixeira, os visitantes poderão apreciar obras de artistas como Bel Borba, Juarez Paraíso, Calasans Neto, Mário Cravo Júnior e outros. O acervo conta com 3.874 peças, incluindo alfaia, mobiliário, pinacoteca e imaginária.

“Escolhemos Floriano Teixeira para inaugurar as exposições, um artista autodidata que adotou a Bahia como sua casa. Ele foi retratista, ilustrador e colaborou com escritores como Jorge Amado. Sua obra retrata com sensibilidade o cotidiano baiano. Agradeço à sua família pela colaboração durante todo o processo”, afirmou José Antônio Rodrigues Alves, provedor da Santa Casa de Misericórdia.

A museóloga Dina Cézar, parte da equipe do museu, explicou a complexidade do processo de restauração, que envolveu tanto intervenções modernas quanto o restauro detalhado do edifício histórico. “Fizemos intervenções estruturais, como a instalação de um elevador que conecta todos os andares. Esse trabalho exigiu fundações e até algumas demolições. O processo de restauro foi minucioso, camada por camada, para preservar os elementos originais do edifício”, explicou Dina.

As obras de requalificação começaram em agosto de 2021 e incluíram a criação de novos espaços expositivos, um auditório para 100 pessoas e a restauração da Igreja da Misericórdia, com o teto artístico e o forro pintado com 45 painéis. A acessibilidade foi garantida com a instalação de um elevador. Nos últimos seis meses, o museu passou por ajustes finais, incluindo a montagem de mobiliário, painéis, vitrines, e a instalação de recursos de interatividade e sinalização, além de ferramentas de inclusão e acessibilidade.


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